Oportunidades de negócio e o futuro das empresas e gestão com foco na área pública foram alguns dos assuntos discutidos
O SESCAP BAHIA, em conjunto com o CRCBA e o CFC, promoveu nesta terça-feira (18) o III Seminário Debatendo as Organizações Contábeis no Brasil. O evento aconteceu na Fecomércio e contou com a participação de centenas de empresários da área contábil e afins. Durante todo o dia especialistas de diversos setores abordaram assuntos de interesse comum e relevante a todos os participantes.
Para o presidente do Sescap Bahia, Altino Alves, um dos objetivos do encontro é fortalecer a classe empresarial contábil. “Atividades como essa nos permite discutir pontos que venham agregar o nosso dia a dia, nos despertando para os erros e ao mesmo tempo nos apontando questões onde podemos melhorar”, disse.
O primeiro palestrante foi vice-presidente de Desenvolvimento Operacional do CFC, Aécio Prado Dantas Júnior, que ao falar sobre a gestão das organizações contábeis com foco na área pública ressaltou que o profissional da contabilidade é responsável pela informação e não pela gestão. “Por isso para atuar com órgão público é necessário criar mecanismo de blindagem; pode-se começar criando a cultura de registrar as tarefas no sistema”, recomendou.
Ainda dentro do contexto, o coordenador da Comissão de Estudos da Contabilidade Aplicada ao Setor Público do CRCBA, Fernando Carlos Cardoso Almeida, salientou que é preciso adotar o critério da técnica e preço. “Quando o valor a ser pago pelos serviços prestados é o principal critério estabelece-se a desvalorização do profissional e o aviltamento de honorários. Valorizar a qualificação e a competência eleva o nível das organizações”, garantiu.
O advogado tributarista Robson Sant’Anna apresentou a palestra “A responsabilidade tributária e penal do contador e do empresário em face às dívidas fiscais”, explicitando os principais casos em que o profissional pode responder solidariamente por eventuais erros ou ilicitudes nos recolhimentos tributários dos clientes. Também abordou estratégias preventivas para que o profissional possa se resguardar de eventuais responsabilizações.
Convidado para falar sobre oportunidades de negócio e o futuro das empresas contábeis o presidente do Sescon-SP, Márcio Massao Shimomoto, observou que com o avanço da tecnologia a contabilidade vem se transformando exponencialmente e por essa razão o aprendizado deve ser contínuo. “Com o aumento da variedade de usuários dos serviços contábeis crescem também as exigências múltiplas, e por isso as técnicas contábeis têm que ser sempre renovadas”, advertiu.
Logo depois do almoço, foi a vez do contador Ricardo Andrade Sampaio, membro da Câmara de Fiscalização, Ética e Disciplina do CRCBA, discorrer sobre auditoria interna. Segundo ele, o cliente necessita de mais informações do contador, não apenas o balanço. “Analisar os estoques de mercadorias, comparar o estoque contábil com o físico e identificar omissões de entradas e saídas são maneiras de o contador olhar com crítica e presteza a situação da empresa de modo a prevenir o erro”, analisou.
Em seguida, o diretor da Fenacon, Sérgio Approbato Machado Júnior, tocou em um dos assuntos que mais desperta interesse nos profissionais: o valor dos honorários. De acordo com o palestrante, para definir a valoração dos honorários é preciso conhecer o cliente, saber o que ele está procurando e qual grau de importância ele dá para o serviço que está contratando; além de definir a complexidade, relevância, vulto e dificuldade do trabalho a ser desenvolvido. “Hoje o profissional de contabilidade deve ser plural, ter conhecimentos diversos, facilidade e flexibilidade para mudanças e, principalmente, ter consciência de que o aprimoramento e a atualização devem ser constantes”, afirmou.
Depois de o presidente do Instituto Fenacon, Valdir Pietrobon, ressaltar o quanto os profissionais da área contábil são importantes, o vice-presidente da Fecomércio-SP, Ivo Dall’Acqua Júnior, reforçou a relevância da contribuição sindical para que a entidade patronal possa lutar por melhorias para a categoria que representa. “Nossa função é essencial e precisamos valorizá-la, e isso perpassa pela contribuição solidária para termos uma representação patronal melhor”, concluiu.
Câmara de Assuntos Tributários
Durante o seminário foi anunciada pela Fecomércio-BA a criação da Câmara de Assuntos Tributários (CAT). Na ocasião, a diretoria financeira do Sescap Bahia, Ivanize Bitencourt, tomou posse como membro da CAT. A principal função da nova câmara é estudar o sistema tributário e subsidiar e defender as empresas baianas no que diz respeito às suas obrigações tributárias.
Ascom – SESCAP BAHIA
Por Michele Coutinho



















